12% dos adolescentes tímidos podem ter na verdade fobia social

Fobia social, um medo persistente de situações que possam envolver exame e julgamento, é um diagnóstico um tanto quanto controverso em crianças e adolescentes. Alguns pesquisadores argumentam que esse diagnóstico transforma timidez normal em uma condição médica. Mas um novo estudo indica que uma pequena parcela de adolescentes tímidos podem realmente ter fobia social e que ela não é uma simples timidez.
Uma pesquisa recente indica que os adolescentes com fobia social também são mais propensos a desenvolverem depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos. Essa constatação sugere que a fobia social é uma condição séria.

Pesquisadores questionaram 10.123 mil adolescentes norte-americanos e 6.483 pais sobre níveis de ansiedade, timidez e uso de medicamentos prescritos. Também foi avaliado se os adolescentes apresentavam fobia social.
Os pais estavam mais propensos a julgar seus filhos como tímidos do que os próprios adolescentes: enquanto 62,4% deles afirmaram que seus filhos são tímidos, apenas 46,7% dos adolescentes descreveram a si mesmos dessa maneira. Dos estudantes que se achavam tímidos, 12,4% foram diagnosticados com fobia social. Entre os jovens descritos como tímidos pelos seus pais, 10,6% tinham a fobia. Já entre os adolescentes não identificados como tímidos, apenas 5% preencheram os critérios de fobia social.
Em contraste com a alta frequência de timidez observada entre os adolescentes dos EUA, a fobia social afeta uma minoria de jovens. Os adolescentes que se enquadram nessa condição relatam mais lutas sociais e mais distúrbios psicológicos do que os jovens que são simplesmente tímidos.
Isso mostra que a fobia social deve ser levada a sério. Embora muitos adolescentes percebam o problema e seus prejuízos, a maioria não procura ajuda profissional. A gravidade da doença mostra que a timidez, algumas vezes, deve deixar os pais e jovens em alerta.

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